Dados da Receita Federal, divulgados nesta terça-feira (28), mostram que a arrecadação do governo federal fechou 2024 em R$ 2,709 trilhões. Descontada a inflação, o governo arrecadou R$ 2,653 trilhões. Esse valor bateu recorde histórico desde 1995, e representa um crescimento real (acima da inflação medida pelo IPCA) de 9,6% em comparação com o ano anterior.
O resultado da arrecadação em dezembro também foi positivo — fechando em R$ 261,265 bilhões, 7,78% acima da inflação.
Segundo a Receita, o crescimento da economia e o recolhimento de tributos, como o PIS/Cofins e Imposto de Renda sobre a tributação de fundos puxaram os números para cima.
“Trabalhamos para trazer para a tributação aqueles que não estavam, trazer para a tributação aqueles com patrimônio de centenas de milhões de reais em fundos fechados, em outros países, e que nunca recolheram”, afirmou o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, durante a apresentação dos resultados.
Setores responsáveis
Com o setor produtivo aquecido, a produção industrial registrou alta de 3,22% no ano, enquanto a venda de bens teve aumento de 3,97%, e a venda de serviços de 2,9%. As importações em dólar tiveram resultado positivo de 8,65%.
As maiores altas nominais por setor foram nas entidades financeiras (R$ 288,621 bilhões); comércio atacadista (R$ 171,285 bilhões); combustíveis (R$ 105,354 bilhões); atividades auxiliares do setor financeiro (R$ 86,044 bilhões); e fabricação de automóveis (R$ 63,907 bilhões).
Na arrecadação da Cofins/PIS-Pasep o resultado foi de R$ 541,743 bilhões, um aumento de 18,6% em relação a 2023. As contribuições previdenciárias fecharam o ano em R$ 685,012 bilhões (+5,34%) e o Imposto sobre Importação e IPI-Vinculado arrecadou R$ 109,608 bilhões, um aumento de 33,75%.
O IRRF-Rendimentos de capital fechou o ano passado com arrecadação de R$ 146,539 bilhões (+13,12%), e o Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) arrecadaram R$ 502,720 bilhões (+2,85%).
