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Aneel defende taxa extra na conta de luz após queixas de ministério

Aneel defende taxa extra na conta de luz após queixas de ministério Agência diz que bandeiras têm efeito educativo e que saldo pode ser 'rapidamente consumido' © Divulgação 01/10/24 18:48 ? Há 1 Hora por Folhapress Economia Energia RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) afirmou nesta terça-feira (1°) que vai analisar pleito do governo por um recuo na bandeira tarifária que será cobrada na conta de luz em outubro, mas defendeu a taxa extra, dizendo que a medida é necessária para pagar as térmicas e tem efeito educacional para o consumidor.

Por Portal Jonet Brasil em 01/10/2024 às 19:49:26

Aneel defende taxa extra na conta de luz após queixas de ministério

Agência diz que bandeiras têm efeito educativo e que saldo pode ser 'rapidamente consumido'

© Divulgação

01/10/24 18:48 ‧ Há 1 Hora por Folhapress

Economia Energia

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) afirmou nesta terça-feira (1°) que vai analisar pleito do governo por um recuo na bandeira tarifária que será cobrada na conta de luz em outubro, mas defendeu a taxa extra, dizendo que a medida é necessária para pagar as térmicas e tem efeito educacional para o consumidor.

A agência confirmou ter recebido ofício do MME (Ministério de Minas e Energia) pedindo a revisão de decisão da última sexta (27), que implementou a bandeira vermelha patamar 2 para o mês de outubro, com cobrança adicional de R$ 7,877 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.

O pedido foi antecipado à coluna Painel SA, da Folha de S.Paulo, pelo ministro Alexandre Silveira, preocupado com o impacto do aumento da conta de luz na inflação e na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"O aumento dos custos com energia elétrica no sistema de bandeiras traz repercussões para as famílias, em especial a partir do impacto nas despesas de energia elétrica, bem como o impacto inflacionário a partir do efeito da energia elétrica nos produtos e serviços", diz o ofício do MME.

Entregue nesta terça, o ofício pede que a Aneel considere também o saldo da conta das bandeiras tarifárias, hoje em R$ 5,2 bilhões, em suas decisões sobre o tema. Para o MME, a "sobra de recursos" deveria ser usada para minimizar o impacto da seca sobre a conta de luz.

Antes mesmo de receber o pedido oficial, a agência havia dito que analisará o tema, mas frisou que a metodologia de definição das bandeiras foi aprovada após audiência pública e "é bastante sólida". "Trata-se de mecanismos objetivo, sem discricionariedade da Aneel", afirma.

A Aneel diz ainda que qualquer alteração desse mecanismo deve passar "por uma análise competente, pública e transparente, seguindo o rito da agência".

Em setembro, porém, a Aneel acabou revisando o valor da bandeira tarifária após questionamentos do governo. Em um primeiro momento, havia definido a bandeira vermelha patamar 2, como a de agora. Depois, decidiu aplicar o patamar 1, de R$ 4,463 por 100 kWh consumidos.

A agência afirmou que a mudança foi motivada por correções de cálculos do ONS (Operador Nacional do Sistema) sobre o uso da termelétrica Santa Cruz, que impactou estimativas de preço da energia usadas como parâmetro para definir a bandeira.

Também naquele momento, Silveira criticava a imposição de taxa extra sobre a conta de luz, sistema adotado no país desde 2015 para sinalizar ao consumidor a necessidade do uso mais racional de um recurso escasso.

O sistema de bandeiras, reforçou a agência nesta terça, "não tem apenas o efeito financeiro, mas também tem o efeito educacional". "Não é interessante estimular o consumidor a elevar seu consumo em um momento de escassez de recursos. A bandeira também é um instrumento comportamental."

A Aneel questiona ainda a avaliação do MME sobre "sobra de recursos" na conta das bandeiras, afirmando que o saldo caiu à metade desde fevereiro e "pode ser rapidamente consumido, dado estarmos atravessando um período de seca e de baixa produção de energia por hidrelétricas".

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Fonte: Notícias ao Minuto

Tags:   Economia
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