Ainda com impacto dos incêndios do ano passado, usinas devem processar 612 milhões de toneladas no ciclo 2025/2026, segundo painel da Datagro em Ribeirão Preto (SP). Produção de açúcar e etanol, por outro lado, podem bater recorde. Produção de cana-de-açúcar deve atingir 612 milhões de toneladas no Centro-Sul do país até 2026, aponta consultoria
Ceise Br/ Divulgação
O Centro-Sul do país começará a safra 2025/2026 da cana-de-açúcar com um recuo esperado de 1,4% na produção, depois de um ciclo marcado por prejuízos causados por seca e incêndios, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (9) na “Abertura de Safra”, evento realizado pela Datagro em Ribeirão Preto (SP) e que marca o calendário do setor sucroenergético do país.
De acordo com Plinio Nastari, presidente da consultoria, a região que concentra cerca de 90% da produção nacional deve processar 612 milhões de toneladas da matéria-prima no ciclo que começa oficialmente em abril.
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Apesar de favorecido pelas chuvas 10% acima da média nos últimos meses, o resultado projetado é inferior ao que deve ser atingido ao fim da safra 2024/2025, com 621 milhões de toneladas, ainda devido ao impacto dos incêndios, que atingiram, segundo ele, ao menos 450 mil hectares.
“O acumulado desde outubro garante um abastecimento hídrico maior para a safra 2025/26 que está por vir, mas as precipitações de março e abril serão determinantes para a oferta de cana”, afirmou Nastari.
Apesar de uma moagem inferior, a projeção é de alta tanto para o açúcar, que deve concentrar 51% da matéria-prima moída, quanto para o etanol, com volumes de produção próximos de recordes históricos obtidos no ciclo 2023/2024.
Açúcar: a produção esperada é de 42,35 milhões de toneladas. Na safra 2024/2025, que se encerra no fim deste mês, o volume total deve chegar a 39,81 milhões de toneladas, em baixa de 5,6%.
Etanol: os especialistas esperam que as usinas produzam 34,71 bilhões de litros do combustível, volume 3,3% superior ao que deve ser obtido até o fim do ciclo 2024/2025, de 33,5 bilhões – em alta de 3,7%. Desse total ,a projeção é de que sejam 12,76 bilhões de litros de anidro – o que vai na mistura com a gasolina – e 21,95 bilhões de litros no biocombustível hidratado, concorrente da gasolina.
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